Jogue a verdade na cara
Lave toda roupa suja
Acumulada no porão
Abra a ferida que não sara
A porta trancada, lacrada no seu coração
Se deixe fluir como a água
Na correnteza dessa mágoa
Passe a limpo o que sentiu
Essa ira que lhe afaga
Como um raio que se apaga
E antes do trovão sumiu
Catarse pura, cartas na mesa
Não há censura, não há defesa
São desejos jogados no ventilador
Toda abertura, toda franqueza
A sinceridade te traz leveza
No teu caminho de pedras, de cargas e dor
Desabe, desabafe, descarregue sobre mim
Seu conflito
Que hoje eu servirei pra você, meu amor
Como um catalisador do teu grito