Já errei, já bati o pé, depois mudei de ideia
Já guardei mágoas, já julguei e quebrei a cara,
Já andei sem rumo por onde nunca tinha ido antes
Já deixei de ir a lugares tão conhecidos, onde alguém me esperava
Já fui ranzinza, incoveniente e abusado
Já menti fazendo alguém sofrer e já magoei com minhas duras verdades
Já neguei perdão a quem me pediu, já pedi perdão e me foi negado
Já dei risada na cara dos outros, zombei de quem não merecia
Já me escondi, para não cumprimentar,
Já risquei nomes da minha agenda, já esqueci de quem não me esquecia
Já fiz promessas que nunca cumpri, perdi as contas das juras que fiz
Já fui mesquinho, soberbo e insensato
Já fui moleque só para contranger, já fui um mala, um grande carrapato
Já dei desculpas pra lá de esfarrapadas
Já reclamei do que estava certo
Já disse sim, quando devia dizer não, já disse não quando podia dizer sim.
Já errei tanto que até me envergonho
Mas um alento encontro neste afã de acertar
É que por mais pecados que tenha
Admitindo, já começo a melhorar.