Dobram os sinos pelas mãos do artista
que soam suaves em uma rara beleza
reluzem estrelas a ofuscar a vista
quando dobram os sinos na noite acesa.
Ri o artista somente por um momento
no alto da torre vive na sua solidão
os sinos que soam são os seus pensamentos
eles lançam sombras sobre o seu coração.
Ficam nos céus as cores da sua vida
também na escarpa da rocha empobrecida
porem toda as dores se desfazem no ar.
Ele vive a sua natureza sensitiva
este artista é igual a um barco a deriva
que navega sem rumo na imensidão do mar.