O mundo agora flutua
contingente e não observável
iludido pela realidade da lua
que ilumina na noite a sua rua
e pela tua elucubração instável.
Recordo-me de ti meu amigo
da tua vasta cabeleira encaracolada
teus olhos gordos de suíno
teu sorriso fino
teus pensares agudos ressoando na madrugada.
Se foi cego de um todo permanente
dissolvido em liquido pastoso
amarrado por poderosa corrente
enterrado em suado chão rochoso
libertado deste eu consciente.
O mundo agora flutua
no mais completo abandono
e nada que possua
ou que se escreve
poderá levar para
teu eterno retorno,
apenas a alma que é leve.
Flutua no mundo flutua, mas no seu entorno...
é a alma que agora flutua,
uma luz que ilumina o mundo
em sonhos durante o teu sono
é a luz de uma nova lua.