Fugindo do ritmo desconexo deste tempo
Viajo na fluidez etérea do acaso.
E se o acaso criar caso
me refugio da tempestade
dentro de um terno abraço.
Tão efêmero o tempo nesse abraço
que deveria ser eterno,
Qual o infinito dos segundos
no abrigo dos teus braços.
Mas, por um capricho do destino,
esse abraço se desfaz.
Cruel realidade na qual quedamos
estáticos e tristonhos,
desejando permanecer no sonho
sem acordar, aliás.
Viver outra realidade,
na plenitude do anseio, da paixão,
Sentimento voraz que dá um novo ritmo
ao tempo e desdenha da razão.
Bendita insanidade que surge
sob a luz da lua...bendita voracidade
no âmago da imensidão
De delírios e desvarios no universo
flamante de desejo por ti.
A luz da realidade entretanto teima
em querer me arrastar de volta
tentando ofuscar a alegria
que sinto aqui
No abrigo da ilusão permanece
o êxtase da comunhão
entre corpo, alma e coração.
E dessa alquimia, nasce a mais pura
Essência do Ser, que é o Amor.
Amor... Válvula de escape que suaviza
a realidade e dá oportunidade
para a felicidade.
Caiam os véus! Soltem as amarras!
Livres as asas em voo solo
rumo ao infinito.
Emudeço...