Enquanto o fim de tarde aproxima-se,
Devagar acaricio o relevo
Do tabuleiro do jogo de xadrez,
Gravado na pequena mesa de madeira da sala.
O vento forte fecha a janela,
E faz - me voltar à realidade.
Lembro-me do teu antigo relógio de pulso,
Que continua parado, descansando no porta-joias,
Fazendo companhia a graciosa bailarina...
Lembro-me da ausência das tuas roupas no varal,
E do jeito que me olhava, chamando-me de "Anjo"...
Enfim, empresto das lembranças, o teu sorriso,
E a tênue esperança de reencontrá-lo.