Jesus e os Lobos -ChicoDoCrato-Desconhecido
ChicoDoCrato, Sintetizador, Música, Voz, Violão, Arranjo, Mixagem e adaptação do texto de desconhecido.
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Audacity, 080 Ritmo 014+50 em Mí-. Gravação caseira. Gravar em estúdio.
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As notícias publicadas nos mais diversos veículos de comunicação são desanimadoras.
A um olhar superficial, parece que o mal leva a palma do mundo.
A política afunda na corrupção.
A violência campeia solta pela sociedade.
A falta de pudor se afigura o signo das novas gerações.
A esperteza obtém mais resultado do que a lealdade.
A sonegação de tributos chega a ser apontada como legítima defesa.
Ante tanta sujeira e deslealdade, ser honesto parece algo exótico.
O homem menos refletido pode se perguntar: "Compensa ser HONESTO?
Em um mundo desonesto e envilecido, não seria melhor também tirar vantagem?"
Para ponderar sobre a questão, convém recordar as lições do Cristo.
Em determinada passagem do Evangelho, Pedro indaga ao Mestre a respeito do destino e das tarefas de outro discípulo.
Jesus, de forma bem significativa, responde: "Que te importa a ti? Segue-Me tu."
A lição é clara. Cada qual somente é responsável por bem desenhar seu papel no mundo.
Evidentemente, devemos nos auxiliar uns aos outros. Afinal, o Messias exortou-nos ao amor recíproco.
Contudo, cada um vive o seu momento peculiar.
Do mesmo modo que não é possível colher frutos antes do tempo, um homem não pode apresentar virtudes que ainda não desenvolveu.
Mas, a criatura comprometida com os valores cristãos, não pode utilizar a venalidade alheia como desculpa.
Quem já se conscientizou da importância da honestidade, tem o dever de ser estritamente leal, até às últimas conseqüências.
Jesus afirmou que a cada um será dado segundo suas obras.
Assim, não importa que os outros vivam iludidos. O compromisso do cristão é com a própria consciência.
A dignidade é uma recompensa em si mesma. Por incitar ao cumprimento dos deveres, ela propicia a paz íntima duradoura. Um tesouro que ninguém pode roubar.
Você não é responsável pelo mundo, mas responde por todos os seus atos.
O seu viver digno e ético certamente contribuirá para a construção de uma sociedade melhor.
Por outro lado, de que lhe adiantaria tentar viver adaptado a um mundo corrupto?
Você já anseia por outros valores.
A falta de pudor e de comedimento, de dignidade e de brios não mais combinam com você.
Além disso, ao final de sua vida, certamente se arrependeria de não ter sido fiel aos seus mais puros anseios.
Viva, pois, com dignidade.