oSegredoDoPoteDeIemanjá-ChicoDoCrato-RuyDoC.Póvoas

Publicado por: ChicoDoCrato
Data: 19/06/2017
Classificação de conteúdo: seguro

Créditos

O segredo do pote de Iemanjá-ChicoDoCrato- Ruy do Carmo Póvoas ChicoDoCrato, Música, Voz, Violão, Sintetizador, Arranjo, mIxagem e Adaptação do texto de Ruy do Carmo Póvoas publicado em seu livro A Fala Do Santo). Audacity, 070 Ritmo 007+60 em Sí-. Gravação caseira. Gravar em estúdio. Copyright: proibir a cópia, reprodução, distribuição, exibição, criação de obras derivadas e uso comercial sem a sua prévia permissão. A proteção anticópia é ativada.
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Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.

oSegredoDoPoteDeIemanjá-ChicoDoCrato-RuyDoCarmoPóvoas

O segredo do pote de Iemanjá-ChicoDoCrato- Ruy do Carmo Póvoas

ChicoDoCrato, Música, Voz, Violão, Sintetizador, Arranjo, mIxagem e Adaptação do texto de Ruy do Carmo Póvoas publicado em seu livro A Fala Do Santo).

http://www.recantodasletras.com.br/audios/cancoes/75159

Audacity, 070 Ritmo 007+60 em Sí-. Gravação caseira. Gravar em estúdio.

Copyright: proibir a cópia, reprodução, distribuição, exibição, criação de obras derivadas e uso comercial sem a sua prévia permissão.

A proteção anticópia é ativada.

Olocun tinha uma filha meiga, maternal e extremamente dedicada.

Era Iemanjá, a Mãe dos Filhos Peixes.

Prometida a Olofim, Iemanjá casou-se com ele e foi-se em sua companhia,

para as terras que ficam bem distantes do Aiocá.

No dia do casamento, Olocun presenteou sua filha com um pote.

Mas avisou, com uma voz de quem sabia das coisas: – Filha, guarda bem este pote.

Se algum dia, você cair num perigo grave, ou tiver uma extrema necessidade, não vacile:

quebre este pote e você será imediatamente socorrida.

Mas se lembre bem: só em último recurso...

Com o tempo, Olofim foi-se demonstrando ciumento, possessivo e dominador.

A vida de Iemanjá ficou restrita apenas ao palácio real.

Ninguém poderia lhe dirigir a palavra sem autorização expressa do marido.

E quando ele saía para guerras de conquista, a mulher ficava trancada, em completo isolamento,

até a sua volta.

Foi então que Iemanjá sentiu necessidade de se libertar daquele cativeiro.

A lembrança de seu tempo de liberdade, vivido no reino de Olocun, aumentava ainda mais

a sua dor.

Afinal, como é sabido, não há dor maior do que, no tempo do cativeiro, recordar-se da liberdade.

Pois bem: Iemanjá começou a pensar em fugir.

Tentou algumas vezes em vão, mas parecia que Olofim adivinhava seus pensamentos

e descobria a tempo qualquer coisa planejada.

Um dia, Olofim voltou coberto de glória de uma de suas conquistas

e ofereceu um grande banquete a centenas de convidados.

Ele bebeu vinho de palma até se fartar e dormiu embriagado.

Aproveitando-se disso, Iemanjá fugiu do palácio.

Mas como não conhecia os caminhos do deserto, terminou se perdendo.

E quando o dia amanheceu, ela nem sequer sabia onde estava.

Nesse meio tempo, Olofim acordou, tomou conhecimento da fuga de Iemanjá e saiu à sua procura, com muitos soldados.

Desta vez, ela ia voltar como uma prisioneira.

Quando Iemanjá avistou o exército do marido se aproximando, deu-se conta da tragédia que ia lhe acontecer. Foi então que ela se lembrou do presente que recebeu de Olocum, no dia do casamento. Abriu a bagagem e retirou o pote.

E quando Olofim mandou os soldados amarrarem a esposa, ela palmeou o pote e arremessou no chão. E aí, deu-se o encanto: ...

Bis no final

...de repente, o Oceano se avolumou, invadiu a Terra e o deserto virou mar.

Olofim e seu exército morreram afogados e

Iemanjá reinou absoluta sobre todas as águas do oceano.

Os tiranos terminam sempre se afogando na sua própria tirania.

ChicoDoCrato e Ruy do Carmo Póvoas
Enviado por ChicoDoCrato em 19/06/2017
Reeditado em 19/06/2017
Código do texto: T6031598
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