Viajante solitário
Que importa o fim da longa caminhada?!...
Quedar de passos no profundo abismo?!...
Se vivo há de ficar o heroísmo
de quem soube lutar... abrir estrada...
Tua marca há de ficar por onde andaste,
teu sangue pulsará nos descendentes,
e tu descansarás, eternamente,
à sombra do arvoredo que plantaste!
Hás de viver nos versos teus, decerto...
Nos gramados pisar, à ceu aberto...
Tendo por círios o palor da lua!...
Hás de pisar, tranquilo, teu caminho...
Sem pedras palmilhar, pisar espinho....
E tua Cuiabá será mais tua...
Brasília, fevereiro de 2012