Quando cair o pano e eu depuser a vida
no altar do julgamento e o Cosmo Onipotente
avaliar meu passo e a senda percorrida,
onde ofertei-me à Terra em flor, fruto, semente...
Quando cair o pano e a amara despedida
tentar esmaecer o amor em mim latente,
entretecendo véus que mantenham retida
a busca por teu ser, da aurora ao sol poente...
Então hei de romper o meu limite humano,
para enfrentar, no azul, o olhar do Grande Arcano,
rogando eu te reencontre ainda uma vez mais.
Para dizer que te amo, amor por sempre eterno,
além da pequenez que há entre o céu e o inferno,
que numa tumba fria não finda, jamais!
Patricia Neme