A meu pai
Sabia que eras muito em minha vida:
O pai dileto, o amigo, o companheiro...
No mar encapelado a nau partida
Teria eu, não fosses timoneiro...
Criança eu era e não me aquilatava
Do teu valor bem alto e muito nobre...
Ah! pai, como eu sofria! Como eu lutava,
Então, na orfandade e ainda pobre...
Seguindo, à risca, teus sábios conselhos,
Cabeça erguida e sem dobrar joelhos,
Altivo, fui lutando e fui vencendo...
Por isso te asseguro, pai querido,
Exemplo aos netos teus tenho nutrido,
O nome teu, jamais, desmerecendo...
Escrito em Agosto de 1962.