Poeta En El Edén (Poeta No Éden)-ChicoDoCrato e Alfredo Fressia
ChicoDoCrato, Voz e Violão, Arranjo e Mixagem,
Tradução e Adaptação e Tradução (espanhol) do Poema de Alfredo Fressia (Uruguaio).
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POETA EN EL EDÉN (ORIGINAL
Alfredo Fressia)
No, Señor,
nunca huiré del Paraíso, tengo en mí
la leche eterna de los padres y los hijos,
y escribo poemas para la nostalgia.
No, Señor,
nunca seguiré el rumbo imprudente
de los cuatro ríos, el que impele a los nautas
hacia el mar de monstruosas criaturas.
Habían podado las ramas de oro
que brillaban en el árbol de la vida.
Y ahora me llaman como almas.
No, Señor,
nunca comeré del árbol prohibido.
Apreté tantas veces en mi mano
las frutas suculentas. Aspiro
los perfumes seductores,
—Et d´autres, corrompus, riches et triomphants—
Nada sabes de mis íntimos
paraísos artificiales, y te ofrezco las costillas
húmedas y turgentes
para que sigas modelando al mundo
mientras duermo.
Soy un niño inmenso
escribiendo dócilmente en el barro del Edén.
Tengo un muñeco de porcelana blanca.
Balbucea.
POETA NO ÉDEN (TRADUÇÃO CHICODOCRATO)
Não, Senhor,
nunca fugirei do Paraíso, tenho em mim
o leite eterno dos meus pais e dos meus filhos,
e escrevo poemas para nostalgia.
Não, Senhor,
nunca seguirei o rumo imprudente
dos quatro rios, o que impele aos nautas
para o mar de monstruosas criaturas.
Haviam podado as ramas de ouro
que brilhavam na árvore da vida.
E agora me chamam como almas.
Não, Senhor,
nunca comerei da árvore proibida.
Apertei tantas vezes em minha mão
as frutas suculentas. Aspiro
os perfumes sedutores,
—Et d´autres, corrompus, riches et triomphants—
Nada sabes de meus íntimos
paraísos artificiais, e te ofereço as costelas
úmidas e turgentes
para que sigas modelando ao mundo
enquanto durmo.
Sou um menino imenso
escrevendo docilmente no barro do Éden.
Tenho um boneco de porcelana branca.
Balbucia.