A morte
Ronda.
O tiro
Rompe a carne.
Transpassa
O espirito
O grito
A dor.
E a cada sete palmos
Se encontra um corpo.
É onde termina toda ambição. A
Terra sempre absorve o morto,
Quando não há incineração.
E o transforma em tantas formas
Ambiguidades e fonemas.
O consolo!?
Apenas o silencio!
As palavras
Agora são árias
Sopradas
Pelos ventos.
Entre
As negras
Catacumbas,
E na pálida capela.
Para
Que tantos ornamentos assim,
Se tudo se acaba no tempo.
Indecifrável tempo que supremo
Perde-se ao longo do infinito
E faz da morte o mais bonito,
Fim.
Não,
Não,
Espere pelo poente
Prefira
O sabor de um beijo ardente
Dado agora
Pela manhã
Um beijo de língua descarado e indecente
Com gosto de maçã.