rompendo a aurora
rasgando a estrada
ao som do tropel
anima, v'umbora!
é homem, é bicho, é mato
'percata comendo poeira
o sol montado nas costas
judia, faz cama-de-gato
berrante troveja sentimentos
dando sentido a caminhada
vaqueiro resmunga em versos
aboio, canção da estrada
é pouso, é causo, é prosa
encontro de velhos amigos
bebe-se por boa causa
duas estrelas se acendem
brilhantes são os olhos dela
ai o amor desperta fagueiro
ao o romper da aurora
de novo rasgar a estrada
e ao som do tropel gritar:
anima povo, v'umbora!
quem ficou,
saudades sentiu
quem partiu,
saudades levou