Poema dos meus 60 anos- ChicoDoCrato (Letra, Música, Voz, Violão, Sintetizador, arranjo e mixagem).

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Numa quarta feira, dia dezessete

Mês de agosto do ano de dois mil e dezesseis

Não ganhei muito doce

Sessenta anos depois

Muitos parabéns eu ganhei de amigos e familiares

Outros esqueceram por seus afazeres

E busquei me parabenizar sozinho

Fui atrás de outros caminhos

Cantei toquei meu violão

Não bebi não sorri com várias mãos

E Quando a noite caiu

Chorei baixinho com a minha solidão

Deitado em minha cama

Ao lado da minha cachorra

Eu e minha pretinha no escuro

Comecei a pensar no futuro

Parei de repente e voltei ao passado

Fui tragado por momentos

Alguns esquecíveis outros lembráveis

De tantos lamentos e fatos memoráveis

Viajei por lugares e lembranças

Refiz meus sonhos de criança

Quanta fases e mudanças

E tantas eram as minhas esperanças

Somente sei que desabafei em prantos

Pois foram minuciosos detalhes

E a cada segundo eram tantos

Que logo fiz uma peneira dos destaques

Muitas histórias tenho para contar

Muitas laudas vou usar

E logo vou registrar para meus filhos

E aos seus filhos, contar!

Sem dormir e com sono pois já doe minhas pálpebras

Outro dia continuo estes meus registros de palavras

Narrativas que transcrevo do que sou

Registros dos meus sessenta anos que passou....

Busquei um livro um filme um slide

Para representar este instante

E encontrei este filme

Que me deu asa de volta para casa

Assisti e chorei muito pensativo na minha insignificância

E ao mesmo tempo como tenho minha importância

Pois sou fruto das varias vidas e substancias

E tenho que deixar na vida a minha fragrância.