Entre becos e vielas
Ao apagar das luzes
Aparente silêncio
Ouço Vozes, pessoas
Larga solidão no meio da multidão
Você, doce mulher que observo
De vestido vermelho,
Em seu ar confiante.
Belo desfilar de quadris
Fazendo seu trabalho
Cada parar, um convite ao prazer
Orgia desconhecida com desconhecido
Uma troca.
Mistura de pecado
Vida fácil
Não existe envolvimento
Máquina fazendo seu trabalho
Como és bela!
Como consegue?
Dias a observar
Apaixonei-me
Não sei como me aproximar
Não quero ser mais um
Recuei várias vezes
Não dá mais
É hoje que arranco do meu ser
Meu querer
Não se assuste!
Não vou te machucar.
Não me olhe assim!
Vou confessar:
Sei o que faz
Sei como vive
Quero que sejas minha
Linda mulher misteriosa
Te observar me fez apaixonar
Mulher da noite
Feiticeira do prazer
Não importa como te chamam
Sinto seu perfume interior
Exalando no desfilar da mais bela flor
Não se vá! Não tenha medo!
O vermelho em ti foi o estopim
Criei coragem enfim
E meu desejo chegou ao limite
Preciso satisfazê-lo, acredite!
Deixe-me possuir-te
A eternidade é o momento que viveremos,
Não importa qual seja o tempo.
Qualquer que seja, será infinito.
Porque assim é o desejo que eu sinto.
Um beijo para começar
Aquilo que não sei denominar,
Mas que desde a primeira vez que te vi,
Passou a me dominar.
Fez-me cativo,
Não, sem motivo.
A tua beleza infinda.
Rosane Sonhadora & Jeronimo Poeta Dançarino Madureira
13/09/2016.