Na mesa da mente a poesia debruça,
Soluça na cadeira dura do passado,
E requentado verso na entrelinha aguça,
Esmiúça todo o sentir ali encontrado.
E na profundeza do seu ser, o poeta,
Atleta da imaginação, então se embebeda,
Arreda a poeira de forma discreta,
Espeta-se em cacos, num lembrar se envereda.
Em taças acontecidas, corpos e bocas,
Loucas aventuras e sem mais esperanças,
Lança-se além-madrugada, tonto em lembranças.
Resta-lhe saudade, a garganta agora é rouca,
Pouca alegria, grogue, a caneta escorrega,
Não nega a tal po(RR)esia de alma bodega.
Uberlândia MG
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