São como pombas brancas
e surgem à minha frente
quando de repente elas desaparecem no ar
cheias de mistérios vão e vem furtivamente
pálidas aladas estão sempre a voar.
Um vôo delicado e quase sempre indeciso
quase um doce sorriso
de quem chega para ficar
eu estendo as mãos para tocar o paraíso
mas como as pombas brancas elas desaparecem no ar.
Partem em uma ventania plena
não é uma, são centenas
cintilantes viajantes
a caminho do mar
seguem rios adjacentes
e o sol no seu poente
procurando a luz do luar.
São suaves e correm em nevoas
no sentir de uma pluma em vaivens
não tem peso em suas asas
pombas brancas são como puras almas
que só quem ama tem.