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Amores
Tanto que esperei
por você, meu bem.
Mas hoje acordei
sem me sentir refém
do seu amor traiçoeiro
que nunca aconteceu.
As portas que eu fechei
preciso reabrir.
Os beijos que não dei
estão bem perto, aqui.
Quero o amor verdadeiro
que a vida me prometeu.
Quero acordar
sem pressa pra ir embora
e, ao deitar,
jogar conversa fora,
vendo os sorrisos
da menina linda
que me conquistou.
Nunca mais
vou mendigar um beijo,
porque meu sonho
será o seu desejo...
Menina linda, do sorriso fácil,
que me cativou.
Tanto que esperei
por você, meu bem.
Mas hoje acordei
sem me sentir refém
do seu amor traiçoeiro
que nunca aconteceu.
As portas que eu fechei
preciso reabrir.
Os beijos que não dei
estão bem perto, aqui.
Quero o amor verdadeiro
que a vida me prometeu
Nunca esquecerei dos momentos
que nos seus braços eu vivi.
Com você me livrei dos tormentos
e de falsos amores esqueci.
Quero acordar
sem pressa pra ir embora
e, ao deitar,
jogar conversa fora,
vendo os sorrisos
da menina linda
que me conquistou.
Nunca mais
vou mendigar um beijo,
porque meu sonho
será o seu desejo...
Menina linda, do sorriso fácil,
que me cativou.
Que me cativou.
Nijair Araújo Ponto
Crato-CE, 23 de maio de 2016.
11h12min
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A sabedoria
Havia numa aldeia um velho muito pobre que possuía um lindo cavalo branco. Numa manhã, ele descobriu que o cavalo não estava na cocheira. Os amigos disseram:
– Que desgraça! Seu cavalo foi roubado!
O velho respondeu:
– Calma! Não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está mais na cocheira. O resto é julgamento de vocês.
As pessoas riram do velho.
Quinze dias depois, de repente, o cavalo voltou. Ele havia fugido para a floresta. E não apenas isso; ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo. Novamente, as pessoas se reuniram e disseram:
– Velho, você tinha razão. Não era mesmo uma desgraça, e sim uma bênção.
E o velho disse:
– Vocês estão se precipitando de novo. Quem pode dizer se é bênção ou não? Apenas digam que o cavalo está de volta.
O velho tinha um único filho que começou a treinar os cavalos selvagens. Uma semana mais tarde, ele caiu de um dos cavalos e fraturou as pernas. As pessoas se reuniram e, mais uma vez, puseram-se a julgar:
– E não é que você tinha razão, velho? Foi uma desgraça! Seu único filho perdeu o uso das duas pernas.
E o velho disse:
– Vocês estão obcecados por julgamentos, hein? Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe ainda se isso é uma desgraça ou uma bênção…
Aconteceu que, depois de algumas semanas, o País entrou em Guerra e todos os jovens da aldeia foram obrigados a se alistar, menos o filho do velho. E os que foram para a guerra, morreram.
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Quem é obcecado por julgar, cai sempre na armadilha de basear seu julgamento em pequenos fragmentos de informação, o que o levará a conclusões precipitadas. Nunca encerre uma questão de forma definitiva, pois quando um caminho termina, outro começa; quando uma porta se fecha, outra se abre. Às vezes, vemos apenas a desgraça e não vemos a bênção que ela nos traz.
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