E quase sempre me pego folheando-as, relendo,
Estou na página do hoje é porque muito escrevi,
Há cada imagem incrível e outras, não entendo,
Amei, fui amada, chorei, e em tantas delas sorri.
Leio-me em dias de dor, uma nuvem de tristeza,
Passageira, no entanto deixou marcas rabiscadas,
Porém me li tão resolvida detentora de firmeza,
Eu fui menina, garota, mulher; de mim derivadas.
Em todos os cabeçalhos e rodapés; minha digital,
Todas as páginas estão lá, nenhuma foi arrancada,
Nada se perdeu, percebo pela ordem enumerada.
Orgulho-me das páginas coladas em mim, espiral,
Talvez pudessem ter sido mais bem escritas, enfim,
Páginas e páginas em capa dura: histórico de mim.
Em áudio
Uberlândia MG
Soneto infiel – sem métrica
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