Eu queria tanto
descrever teu canto,
mas me é negado
esse sublime gesto,
porém meu manifesto
sempre é logrado.
Eu queria sempre
estar divinamente,
sendo teu ouvinte,
dessa beleza mera,
estando na esfera,
do teu requinte.
Eu queria Agora,
fosses a senhora,
para ouvir o canto,
da rara entonação,
poder o teu perdão,
enxugando teu pranto.
Eu queria quando
me rolasse o pranto
dessa dor aflita,
nessa força viva,
enquanto sobreviva,
a face mais bonita.
Eu queria ainda
que essa ária linda
me tomasse a vida,
me lograsse a morte,
para que não a sorte,
na injusta partida.