Lindas, elas resplandeciam na estação que leva o mesmo nome.
Multicoloridas, ziguezagueavam pelas demais vegetações, se entrelaçavam entre o verde colorido das árvores que também despertavam vistosas.
Todas as manhãs, meus olhos se deliciavam naquele degradé, aonde seus vários tons se harmonizavam com a natureza fresca, e eu as acompanhava quase pertinho do céu, aos seus braços frondosos que escalavam o infinito.
Alegres, balançavam à simples brisa do vento, e assim eu também aproveitava para me ninar naquele balanço relaxante...a me proteger da vida insalubre da cidade grande.
A mesma cidade que não perdoa nada e nem ninguém!
Certo dia, um daqueles braços primaveris e coloridos, na ingenuidade própria dos que acabaram de chegar, tocou desavisadamente o cobre desencapado da rede elétrica, e a minha Primavera sucumbiu carbonizada sobre o asfalto inanimado da poluída avenida.