O PRIMEIRO SONETO DA PRIMAVERA
Semelhante ao balé de um Tango,
Vai-se o frio; a sensibilidade
Sobra, e a razão o transforma em Mambo,
Paulatina em velocidade.
Vê que a palavra mais autêntica
Derrete-se. Gelo, água e a espera
Matematicamente idêntica
De sempre, pela Primavera...
Surge e reverbera a coerência
Pálida do inverno, e a forma úmida
Que acentua momento e lembrança,
E vê, ao acordar do prazer, branco
E frio, que muda em segurança :
Arco-íris... Cores, flores, campo...