Todo este desejo que aflora
nos teus olhos
agora. . . esparrama
pelos bicos dos teus seios.
Insensata esta chama
rola delicada pelo teu ventre
e cai sobre tuas coxas nuas.
Assim que brilham outros lábios
assustada, você recua
é o medo do inevitável
é a paúra.
Desamparada e inocente
frágil como cálices de cristais
eu navego no corpo aberto
nas tuas curvas sensuais.
Dança de um fogo crescente
chama tua chama mais ardente
enrosca-se como uma serpente.
Desfaz-se em água
quando nos teus pés beijavam
e tuas coxas e teus seios acariciavam
os meus cabelos...
Nos vales, planícies e montanhas
ressoam
nas entranhas
desamparada e desertas
a incandescente chama.