Há que saber,
no hoje futuro,
Que águas passadas não faz viver,
Mas, deixa o amor maduro.
E por vezes inconsistentes,
Águas que se vão pelo caminho,
São como movimentos impertinentes,
Das águas que não movem o moinho.
E assim, a alma entoa,
As canções que ouviu-se no passado,
Como um vento triste que soa,
Numa alma com amor resgatado.
Por vezes a água que segue o rio,
são como ventos de saudades,
Que chegam como um arrepio,
Atravessando a espinha com voracidade
E o amor deixado lá atrás,
Às vezes movem o amanhã inesperado,
E como tudo que segue a vida, faz,
Um dia o coração, voltar ao passado.
Mas, não para revivê-lo,
Mas, para lembrar daquilo que foi bom,
Do amor evitado sem percebê-lo,
Que marcou um coração em seu tom.
E assim, não se poder no tempo se perder,
E esquecer um amor como histórias malfadadas,
Mas, em um doce entardecer,
Reviver a saudade, como águas jamais passadas.