Os nossos retratos de margarina,
De um tempo ainda sem volta — tão breve ida,
Põem lágrimas salgadas derretidas
Em pedaços de amor, delícia fina.
Doença: cruel ponto de virada
Na história que contávamos em dois
Um corte! De romance a drama, pois;
Quisera devorar sua dor, amada...
Escorre outra memória cristalina
Nos lábios meus — e a voz, enfurecida,
Decide não protestar contra a vida
Enfrenta a morte: “Sai daqui, assassina!”
O que mais quero é ver você curada
De resto, qualquer tudo vale nada.
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