Sou nau fragmentada num oceano de incertezas,
E com toda certeza...já perdi a direção!
Na proa alço as velas e navego com proeza,
Procuro por beleza que me seja mansidão.
Na linha do horizonte vejo um céu enegrecido,
Sou sol entristecido por não ter aonde brilhar...
Minha sofreguidão já ecoa ao infinito,
Sou eterno conflito...um labirinto...a navegar!
Jamais criei raízes...sou qual ave migratória!
Eu sempre alço asas sobre qualquer emoção,
E na profundidade -ancorar-me- é luta inglória,
Prefiro a tempestade...a ter saudade... ou solidão.
E mesmo das lembranças sobrevôo as fronteiras!
Só sou refém certeira das rédeas do coração.