Caros recantistas, o intuito de publicar este soneto aqui é para que ouçam o soneto de Florbela recitado por mim, não tem outro motivo para eu publicar um poema que não seja de minha autoria em minha página principal! Agradeço aos que puderem ir até lá! Beijos nas almas!
Quem?
Não sei quem és. Já não te vejo bem... E ouço-me dizer (ai, tanta vez!...) Sonho que um outro sonho me desfez? Fantasma de que amor? Sombra de quem?
Névoa? Quimera? Fumo? Donde vem?... - Não sei se tu, amor, assim me vês!... Nossos olhos não são nossos, talvez... Assim, tu não és tu! Não és ninguém!...
És tudo e não és nada... És a desgraça... És quem nem sequer vejo; és um que passa... És sorriso de Deus que não mereço...
És aquele que vive e que morreu... És aquele que é quase um outro eu... És aquele que nem sequer conheço...
Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"
Nota: Este soneto de Florbela foi recitado por mim e encontra-se na minha página de áudios, para ouvi-lo basta clicar no link abaixo: