Punhos de renda andrajosos.
Corpetes domando bustos audazes.
Saiotes
cintas
grilhões em pórticos desvirginados.
Roupagens de cetim
peluches
adornos tilintantes
que encobrem a verdade.
Escondes-te de ti
fazendo camuflagem
com folhas a fingir?
Não vês que esse castelo de artifício
que te veste e reveste
mostra o que não és
e furta o teu segredo?!
Quando deixarás de te negar?
Quando amarrotarás o embrulho
e o deitarás ao lixo?