Sois ferida que sangra ardida
Fruto amargo de amor proibido
Caricias pelo tempo do infinito
Das agruras da paixão indefinida
É a voz algoz que grita aflita
Na noite dilacera meus ouvidos
Ao luar este amar tão dolorido
Angustia que no coração habita
Teu amor é como chama da lareira
Que guincha e crepita passageira
Ilusão que vai arder à vida inteira
É este amor pra mim sempre primeiro
Em silencio sem palavras ou receio
A este amor entreguei-me por inteiro