O POEMA DA SAUDADE
Daniel Amaral
Os versos que escrevo agora
Vêm do sentir profundo do meu eu
Vieram chegando... Devagar, surgindo...
E instalaram-se neste peito meu…
A saudade, este sentimento vil,
Apoderou-se com braços invisíveis
Do meu coração que não te esquece,
Nem dos nossos momentos felizes.
Na busca incessante da memória,
Insones e amarguradas são as noites
Que atravesso por sonhos úmidos
Em que tua ausência, é como mil açoites
Saudade dos teus olhos, do teu corpo...
Em tudo eu busco você, nessa procura sem fim
E o meu peito, sôfrego de tua presença, chora...
E a saudade mais ainda maltrata-me assim!
©Daniel Amaral
29-01-2012
"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente...."
Fernando Pessoa