Eu quero apenas uma casa pequenina
lá no alto da colina,
bem bonita de se olhar.
E eu vou armar a minha rede na varanda
e, se o amor fizer ciranda,
a gente pode cirandar.
Eu quero o sol que se esconde atrás do monte
e faz a linha do horizonte
sublinhar a mansidão.
Quero os acordes da viola enluarada
e, no olhar da namorada,
o luar do meu sertão.
Pescar na beira do rio.
Cachaça esquentando o frio.
Chuva forte – temporal
no meu quintal.
O gado manso no campo.
Leite, direto na teta.
Noite escura – pirilampo;
dia claro – borboleta.