Palavras
E elas passavam à minha frente
O tempo era lento quase ausente
Dançavam como crianças inocentes
Iam e vinham deslizavam docemente
Uma longa inexpressiva caravana
Palavras desconhecidas, aflitas
Mas como eram ferozmente soberanas!
Impressionavam pelas suas formas bonitas
Saiam das catacumbas como ondas
Possuíam a força da natureza
Amenizavam minha doentia tristeza
E as minhas noites longas
Palavras que agora me fazem companhia
Em minhas longas noites frias e vazias
Amenizando meu pesar
Minimizando minhas manias
A doce mania de sofrer por amar!
Alexandre