Ahhh, o Amor...
Ahhh, o amor,
o amor...
Ahhfff o amor.
Hoje não vou falar de dor.
Hoje não vou falar de lágrimas.
Não vou falar de anjo triste ao meu lado.
Não vou falar do amor de Deus.
Não vou falar do amor universal.
Não vou falar do amor mundano.
Vou falar de outro amor,
daquele quando a sorte é lançada.
Daquele que faz brilhar estrelas.
Desse amor que canta o Vercilo,
desse amor que canta o Pablo.
Desse amor do Jorge Neruda.
Vou falar de mim,
vou falar de si.
Vou falar de mãos entrelaçadas.
Do seu corpo a singrar.
Do barco a vela
em um mar perfeito
a todo pano,
buscando aportar,
buscando ancorar,
buscando seu cais,
sua paz.
Do calor.
Do eterno enlace,
do eterno reencontro,
do eterno verso,
do eterno ardor.
Do meu amor,
meu confessor.
“Nada vai me fazer desistir,
desistir do amor”.
Navegar e me encontrar dentro de si.
Seu amor abre janelas à minha visão.
Quero minha alma libertada.
Quero minhas aselhas agigantadas.
Você me faz verão.
E assim se vai:
Amar,
sem se ter,
sem se possuir.
Vou falar de você em mim.
Vou falar de mim em você.
Vou falar deste ir
sem fim.
(Imagens obtidas da Internet)