Olho a chuva, é só silêncio
As lágrimas teimam
Em querer cair
Rolam pelo meu rosto,
Cansado das ilusões...
Eterno é o vazio nesse instante
O pensamento voa
Leva-me lá, onde tudo mudou.
Nada, nada mais será como antes.
Você é só um rosto que se afasta
Cada vez mais, nas brumas de tantos planos
Dói tudo
A certeza de mais um engano
Ainda não foi desta vez
O que talvez nunca será
Foi tanto amor em vão
Revivendo o coração
Querendo acreditar
Mas as tramas do destino
Não há quem possa mudar
Por que tem que ser assim?
Porque tinha que ser assim...
Dói muito
Dói a certeza do sonho sonhado
Do amor tão esperado
Que aos poucos se matou
Metade de mim quis correr pra você
Metade teve que retroceder
Para não morrer de dor
Do jeito que sonhamos
Não soubemos nos amar, eu e você
Fecha-se a cortina, mais um sonho rui
E sigo só, do jeito que sempre fui...
*Imagem e arte: Ninna Flor, a quem agradeço o carinho.http://www.recantodasletras.com.br/audio.php?cod=51699
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Perfila-se o tempo em chuva e quietude,
neste poema que fala de amor,
de lágrimas que teimam cair, de dor,
de ilusões sentidas em plenitude.
No eterno vazio, em magnitude,
voa o pensamento feito um condor
que migra pelo éter incolor,
num voo sereno, posto que rude.
Existe um rosto que de ti se afasta,
tal nuvem que nas brumas se arrasta,
deixando-te só, por mais uma vez.
Fecha-se a cortina, o sonho fenece,
e os teus planos as lágrimas esmaece,
sem, contudo, roubar tua altivez
(Linda interação do poeta Waldy Würdiq, obrigada pelo carinho)