Ventos de nostalgia...
choro confusa saudade
De um tempo que não vivi
De um amor que não conheci...
Ventos de melancolia... Minha vida faz-se de ruínas
Duma terra erigida
Nas minhas lembranças esquecidas...
Ventos eternos do Aqueronte
Corre o mundo de hoje
Açoita meu rosto com a poeira do ontem...
Não mais retornarei ao instante perdido
Morre em minha ires o azul do Egeu...
Apaga-se o fogo da esperança
Que prudente homem tomou de Zeus...
Saudade infinita...
Mundo nostálgico de fantasia...
Eu sei que não mais hei de voltar...
E mesmo que voltasse
O instante passou... O Olimpo caiu
Os deuses morreram
O tempo ao tempo sucumbiu...
Eu sei que não mais hei de voltar
E se... Ruínas é que haverei de encontrar...
Mas a saudade insiste em dizer-me:
-Há de regressar
Pois Ainda são os mesmos... Terra, céu, lua e mar...
Então...
Tal feita a gloria de Aquiles
Minh’alma ao tempo não pereceu
Queima forte e eterna
Assim com a chama roubada por Prometheu