Pó Das Estrelas
Para manter a caminhada,
continuar de pé
e ter firme passo,
lavei meu rosto
e junto renovei minha fé.
Sei que um dia,
aí contigo vou ter.
Vamos falar de pescaria,
das crianças e de alegria,
pois tu eras o símbolo da festa,
e sei que nesta
tua força comigo está,
para o que der e vier.
Onde estiveres, olhes por mim,
ores por mim, peças por mim.
Saibas:
a lembrança é forte,
tua presença foi marcante,
tua falta é um sofrer,
calado, agonizante.
Mas, este não é o fim.
Lavei meu rosto,
resignei-me, persignei-me
e renovei minha fé.
Isto é desta vida o anverso:
somos pó, somente pó.
Pó vindo das estrelas,
para o pó voltaremos.
E o vento nos espalhará novamente,
pelo universo.
É feita esta vida,
como um delgado ramo,
e não nos é anunciada,
a hora da partida.
Sei que um dia
vou ver-te de novo,
e com tua mão em meu ombro,
olhando em teus olhos
vou te dizer mais uma vez,
igual como antes,
que muito,
que muito te amo.
Esta poesia foi feita para o meu irmão, que está alhures esperando o meu abraço. Mas, também para o Irmão de todos os irmãos.
(imagem obtida da internet)