Essa sede
Vertente
Da massa
Pasmada
Temerosa
Embaraçosa
Livre do encanto
De seu próprio canto
Nesse cubo que arrasa
Pequeno trespassa
Comendo cuscuz
Sob o peso da cruz
Cansada ou beata
Meu ponto desata
Trançado ou levado
É sempre deixado
Em paz sim senhor
Tua alma é santa
E aos pulos levanta
Silencioso calor
Esse ar é trigueiro
Vem comigo
Descobrir por inteiro
O verdadeiro amigo
Que um dia partiu
N´uma noite de abril
Início de outono
Deixou-me tristonho
A janela se abriu
Escancarou a púrpura
Linguagem tão pura
Que nem a voz do mestre
Deixou veia campestre
Que me ligasse a Querência
Em senil demência
Do fogo contrastante
E empunhando o berrante
Foste fulgor de tertúlias
Em meus braços de fagulhas
Vejo um gato passando
Bichano austero miando
Invernal agora esvaindo
Só vejo o felino dormindo...
Será então um artista
Mesmo não sendo cubista
Rondelista em juras de amor
Repete os versos da segunda
E nisto consiste o clamor
Da bela pajada fecunda...