Apagou-se a luz, fechou-se a porta, acabaram-se as janelas, Apagaram-se as imagens de anjos, estreitou-se o caminho, Manchou-se de sangue vermelho o pano sobre a mesa, É fria e mórbida a fraqueza que o tempo espalha, Apagaram-se as marcas na estrada, o vento soprou...
Abriram-se as portas, a luz voltou, a dor passou, O caminho voltou, o tempo apenas soluçou, O vento soprou a favor de um destino incerto e sinuoso, Lavaram-se todas as manchas, o pano esta limpo, O tempo juntou vento, imagem, coração...
Apagaram-se as luzes externas, internamente algo reluz, Fecharam-se as portas, corações chaves, trancaram as janelas, Penas manchadas de verde, os caminhos mostraram atalhos Palpáveis e trilhas escondidas nas garras do insano ser destino, Do alto da montanha o caminho fica pequenininho, imagens. Apagaram-se luzes e abriram-se portas, fecharam janelas e Abriram-se brechas para minúsculos versos do coração...