CHEGADA
Desfaço a mala que eu carregava
Onde coloco as bugigangas?
Velhos ciúmes, desejos vários
saudades mornas, antigos cantos
Em que gavetas, onde os armários?
Não há cabides, nem há espelhos!
Pra que lugar levou-me a passagem?
A qual destino levou-me o passeio?
Embora tudo me pareça estranho
Não há sentido neste meu receio
Cheguei, enfim, ao fim da caminhada
Livre e leve, louvo a chegada
Valeu a pena toda jornada!
É nova, a vida!
É outro, o enredo!