Nesta doce manhã o sol dilui
O orvalho e me lembra a juventude.
Eu nem sei se fui tudo o quanto pude
Mas aos poucos revejo o que já fui.
Lembro Pedro, Ednilson e Nego Rui
E nos vejo, mais tarde, indo pro açude...
Foi ali meu primeiro ‘hollywood’
E até hoje a fumaça me polui.
Foi ali, sob o sol... e me revejo
Contemplando este mesmo azul no céu,
Deste céu que esclarece tudo agora:
Inocente nos braços do desejo,
Por não ter tido os beijos de Isabel
Me tornei um poeta vida afora.
São Paulo, 17 de junho de 2007 – 13h45