O sol do outono,
A minha voz baixinho soluçando,
Silencios da minh'alma e o ressurgir
Em frente ao seu fantasma... E fico a ouvir
Em rochas diluidas na penumbra
os soluços de vento perpassando
Na tenebrosa lividez do céu...
Piedade, noite negra! Não me beijes
Com esses labios mortos
Nesta carne a sangrar que é a minha alma!
Esperanças frustrei do amor mais terno
sombras vãs, ao fogo eterno;
E, lamentando a minha desventura,
a fé mais pura...
Estranha loucura a de me ser essa doida borboleta
Que sempre a voltejar em mim! ...Que te ama tanto assim
que por maior tristeza, que seja...não é maior que este amor sem fim.
(As vezes o silêncio - é uma tentativa desesperada de ouvir o amor em seus soluços mais tímidos)