As águas secam
cuja fonte é só lama e lodo
plantas mortas, pútridas
dos cadáveres vivos.
Rosas murchas
Olhos tristes
Caras retorcidas
risos amarelados.
Olhos que olham a poça d'água
que um dia fora virgem.
Ao longe o horizonte
um céu inexistente
e a vida torturada
fervendo dentro de uma ampola.
O futuro é duvisoso
e não se pode descrever
desse tempo impossível
entre hemisférios em desalinho.