Samba eu não sei fazer
Só este samba mal-feito
Samba de gringo safado
Que toca samba de qualquer jeito
Ah, não tenho samba no pé
Mas tenho amor no pei(to)
Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode as seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã
Ah, nos meus acordes estranhos
Bate um cora(ção)
São três horas da manhã, você me liga
Prá falar coisas que só a gente entende
São três horas da manhã, você me chama
Com seu papo poesia me transcende
Sua voz está tão longe ao telefone
Fale alto, mesmo grite, não se importe
Prá quem ama, a distância não é lance
A nossa onda de amor não há quem corte
Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça
Acende, puxa, prende, passa
Astronarta libertado, minha vida me urtrapassa
Viva a bossa, viva a palhoça-ça-ça
*Terceira estrofe: tirada de Cotidiano, de Chico Buarque
Quinta e sexta estrofes: tiradas de Telefone, do Ira!
Sétima estrofe: versos de Garota de Ipanema, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes e Cachimbo da Paz, de Gabriel o Pensador
Oitava estrofe: versos de 2001, d'Os Mutantes e Tropicália, de Caetano Veloso