Querida Pê,

Desparagrafado te convido a apreciar a avidez da tortura humana, os círculos das flâmulas e as guerras das famas. Te chamo pra olhar as belezas das mucamas e as ignóbeis feias damas. Chamo também para que observe calada toda a diferença sem mudança de um país sem pais e com andanças, com futilidade e com panças, com o magro e a franca. Te convido a ver progresso onde não há nem janta, o inventar morrendo seco e o ladrão matando a fome, a mulher, o home’. Venha ver também nossos índios desaprendendo o tupi e tirando RG, nossos mortos guaranis, nossos caraíbas tão fantásticos! Venha ver, Pê, o sangue da nossa mulher que canta, o pé sujo de quem anda e a cor da nossa santa.