Queria bem mais para guardar...
Por que tem que ser assim?!
Eu e você
E um desconserto
Sem conserto.
Uma bagunça de sentimentos
Palavras agonizadas...
Poderiam dizer tanto!
Restou o desarranjo
Mergulhado em pranto.
Transtornos sem retornos
Uma vontade tão calada
Com gosto de nada.
Insignificância triunfal e retumbante
Escorrendo por todos os cômodos da casa.
Você perdeu o gosto
Eu o tato...
Não houve mais toque
Só retoques injustificados.
Magia implorando um instante
Que nada...
Nem eu
Muito menos você
Pretendemos dar a ela essa chance.
Vamos então ficar assim:
Com essa brasa apagada
Fingindo prá todos que somos amantes.
Até que eu me convença que você não é mais minha
Ou você se canse de fingir
E se afaste em qualquer instante.
Por hora, deixe que as aparências,
Mintam num desdém imenso
Até que a própria mentira se canse
E fuja...
Não teremos então mais porquês
Nem no que se apegar.
Teremos que revelar nosso segredo
Mostrar à todos que o amor enfadado
Se despediu à muito
Prometendo não mais voltar.
Marcos Sergio T. Lopes
29/09/2008