Bom, na historinha anterior, pulamos alguns detalhes. Saltamos de quando o canalha aquele deixou o corpo inerte da Rainha no chão, para quando ele e sua acompanhante já tinham tomado posse de tudo.
Vamos então, voltar a fita. Ao perceber que sua adaga certeira cumprira o intento, ele ouviu batidas à porta. Primeiro apavorou-se. Mas deu sequência ao teatro. Viu um homem, alto, educado, completamente molhado, já que a tempestade não dava trégua, que lhe perguntou se tinha algum estábulo onde pudesse abrigar seu cavalo, pois temia que o animal não resistisse a tanta chuva.
Olhando da porta, o homem, um belo homem, viu aquele corpo de mulher sangrando estendido no chão. Num ímpeto correu para ela. O canalha, fingindo choro, disse: oh, minha pobre esposa tirou a própria vida. Acabou de acontecer, estou liquidado. O forasteiro percebeu que ela ainda respirava, mas sentindo que o homem mentia e quase sendo asfixiado pelo cheiro de enxofre que invadia o ambiente, logo percebeu haver algo errado. Disse ao "dono" da casa: Realmente sua esposa está morta. Se desejar posso levar os despojos e sepultá-la. O outro deu graças a Deus (Deus?!). O bonitão, digo, visitante, tomou a mulher em seus braços, esqueceu o cansaço do cavalo, a ajeitou em sua montaria e foram.
Ele morava numa aldeia na beira do mar, numa linda casinha. Chegaram quase ao amanhecer.
Agora sim, vamos pular os detalhes. O homem, que era boticário, cuidou dela, já que o golpe da adaga não atingira o coração, apenas passara de raspão. Ervas, carinho, alimentação, ar puro a foram colocando de pé outra vez. Foi tornando-se ainda mais bela, a pele rosada, os olhos claros, a paz de espírito que aquele lugar lhe davam, a faziam esquecer a traição, a dor do passado. Logo estavam apaixonados.
Ela tornou-se ajudante do seu amor, atendendo os mais pobres que precisavam de auxílio, cultivava suas flores e davam longas caminhadas ao final do dia, sempre de mãos dadas, pela beira da praia.
Reza a lenda, que ainda hoje, séculos depois, num lindo sábado de luar, os dois podiam ser vistos, felizes no Costão do Santinho, num show do Kleiton e Kledir.
Entrementes (essa palavra é nova), lá na aldeia, os atuais mandatários, cada vez mais tiranos, já não aguentavam olhar um ao outro. Ele saia cedo aos arredores e aqui e ali "apaixonava-se" por mocinhas, que logo se instalavam no castelo e ficavam "amigas de infância" da monstruosa moradora. Tudo o que esta falava, as mocinhas adoraaaavammmm. Os dois viviam um lindo romance de fachada... e foram quase felizes para sempre....
Aquele antes belo reino acabou tornando-se um pântano, onde raras aves nobres ainda insistiam em viver.
Moral da história: Não existe moral nessa história. Não pode haver moral onde a mentira, a traição, a vaidade, a INVEJA tentam espalhar o mal. Mas feito o time do Internacional, é o AMOR que sempre vence no final... do ano!
Meus amigos, com esta, acaba a Trilogia... rs Assim que der, volto para o canto que é meu!!!!! Beijos a todos! Obrigada sempre!!!!
* este é um texto de pura ficção... * baseado numa sugestão da nossa querida Marcia Portella. (clic). Marcinha, brigadão e meu beijooo