Os peixes de memória prazerosa secaram com o sal do mar que foram postos e expostos ap sol. Sem resposta de tal exposição, a exumação de uma dita paixão não correspondeu à dádiva não-divina de ter um Alguém.
O convite fora definitivamente recusado depois que foi humilhado ao amante. Uma mancha de sangue escorreu no olhar, e fez manchar como uma digital o papel do convite. De um casamento? Por um elo... Não um elo comum. Não como um amante dos que se usa a palavra amor para fazer traição a alguém. Amante de poder amar sem questionar onde seu eu acaba e onde começa o eu do amante.
Não sabia bem o que queria dizer nenhuma das palavras proferidas debaixo daquela cama escura, mas sabia o que cada expressão representada que os lábios diziam.
Poderia ter completado ali toda a conquista das palavras não ditas, mas optou por calar com os lábios nos outros, o que consideraria amor.
Tão difícil conversar o contexto de um sentimento inexplicável... Tão simples deixar sem mencionar. Porque forçar o inevitável?
As poesias de um possível resplendor romântico caíram perante os alfinetes enferrujados que rastreavam o caminho da saída do quarto.
Era pra ter permanecido ali debaixo... Junto, contando as estrelas no céu da boca. Martelando o silêncio na bigorna do ouvido.
A saída deste mundo tão cinzento dependia apenas de uma mínima humilhação. Por que tão difícil é se resignar a uma moral qual diz não respeitar ou honrar?
Porque resistir se nem honra consideraria ter? Era pra simplesmente ter revelado a relva de vislumbrar o que é o paraíso colorido.
Era só não ter mencionado amar.