Um ser mitológico abana a cauda
Monstruosa e horrorosa
E ainda há na vida quem aplauda
“Nação de caipiras orgulhosa!”
Agora é hora, montam-se palcos
E vozes enganosas, belos discursos
Encherão as telas gratuitas
Encherão as ruas sem recursos
E prosseguem na hipocrisia maldita...
E quando enchem os bolsos após o ato
Esses atores, do maldito teatro
Esquecem da razão, até do trato,
Com a nação de pessoas e isso é fato!
Policiam as desgraças desse povo
Atacando com quimeras o seu mal
Não pode sarar, pois de novo
O teatro será usado afinal
A cada quatro anos, desperdício
De cifras enormes em campanhas
E inda fazem chamadas noutro ofício
Para as tais crianças da esperança
E mesmo sem crer em papai Noel
O povinho esperança dá ouvido
Afinal os senhores, da senzala fel
Trabalham com seus sonhos preferidos!
Capitalismo é o monstro, é esse o mal?
Perguntas povoam com desdém
Pois todos sabem no final
Vergonha na cara, não faz mal a ninguém!
E nos ombros da nação que agiganta
Deita-se em camas mercenárias
Os lobos com dentes afiados, voraz garganta
Qual hienas, na soberba e piadas hilárias!
#PS:Na gravação fica quais por enquanto...
(quais, quais, quais)#
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"Não há nada encoberto que não seja manifesto"
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