Silêncio nunca te vi! No entanto ouço seus passos nuvens Trajetando por entre as estrelas Palpando sons boreais Versejado para comovê-las
Jamais meus olhos puderam Tocar o visível de teu existir! E, no entanto, estás onde a Lua está Em toda fase que ela se exibir Ou pela manhã, se ante a luz, Ela de repente se exaurir
Ao tato, não é possível, é abstrato E ainda assim, se ouve ecos do seu riso Despetalar da tuas lágrimas Despertar do teu avesso rimado Suave, tangendo palavras Como quem tange os vaga-lumes Pela noite nas campinas
Quando se deleita em contemplar o céu E esperar que o seu véu dourado Do frio o venha proteger, e do vazio Daquele que não se provém da poesia
E segue... Apanhando seus versos um a um Compondo as canções onde eram lamentos E, no embalo do vento Cura as suas antigas cicatrizes Consentindo que suas origens Se apontem e se enlacem Nos sonhos daquele que ousar
Tudo é tão tardio As flores perenes ao frio E pelo manto se faz, Pelas estrelas vorazes, coberto
- Estrelas!!! Façam silêncio! O poeta eleva seu olhar E de posse dos versos Põe-se a versificar
-Fagueiras, Silêncio! O poeta vai edificar!
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Que a poesia nunca precise se calar, se ocultat entre núvens ou em sombras de sóis Que a poesia sempre venha a nós, feito um pão de cada dia, que garante à alma um alimento não só que sacia, mas que transporte o amor pelo tempo... sem ressentimentos, mágoas e euforia... apenas o amor como dom dado pelo Supremo...
Um brinde ao Silêncio, aprisionado, no tempo de seus próprios pensamentos!